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quinta-feira, 31 de março de 2016

MECANISMOS DA MEDIUNIDADE - PARTE 2


MECANISMOS DA MEDIUNIDADE - PARTE 2Autor Espiritual: André Luiz
Psicografia: Francisco Cândido Xavier
Sinopse: Eurípedes Kühl
Realização: Instituto André Luiz
fonte: http://www.institutoandreluiz.org/sinopse_mecanismosmed_2.html

MEDIUNIDADE E ELETROMAGNETISMO
8.1 – Mediunidade estuante
O cobre, a prata, o ouro e o alumínio têm elétrons livres facilmente separáveis do átomo e por isso são chamados condutores. Tal separação se dá por pressão elétrica e nisso ocorre algo bem interessante: cada átomo, ao se ver sem o elétron, imediatamente busca um outro elétron de reposição, do átomo seguinte. Essa ocorrência determina a direção da corrente elétrica. Isso deixa os átomos em harmonia.
Os médiuns com sensibilidade psíquica exacerbada, para se transformarem em tarefeiros de Jesus, carecem de educação mediúnica, para que não mais se vejam entrelaçados na teia das vibrações mentais com as quais tenham afinidade.

8.2 – Corrente elétrica
O ímã e suas propriedades são valiosos elementos de comparação em assuntos referentes a campos magnéticos. Limalhas de ferro ou aço são atraídas para o ímã e essa atração obedece invariavelmente a um posicionamento voltado no sentido e na direção do pólo norte da Terra.
A corrente elétrica é a única fonte de magnetismo de conhecimento humano do homem, encarnado ou desencarnado... E a corrente mental, nisso, guarda alguma semelhança com a corrente elétrica.
A eletricidade vibra em espaços infinitamente reduzidos e os elétrons (ah!, os elétrons...) realizam “saltos” ao redor do núcleo (movimento de translação) e sobre o próprio eixo (movimento de rotação). As partículas que mostram esses movimentos produzem efeitos que são chamados de “spins” (Spin: do Inglês to spin = fazer girar).
NOTA: Oportuno lembrar que o Autor espiritual refere-se à pujança do dinamismo universal, aqui tecendo considerações sobre espaços e dimensões situados no micro.

8.3 – “Spins” e “domínios”
Spins são movimentos giratórios que acontecem nas camadas atômicas.
Podem ter natureza positiva ou negativa e se compensam. Isso não ocorre em todos os elementos: o átomo de ferro, por exemplo, tem quatro “spins” desajustados nas camadas periféricas e esse átomo, ao se reunir a um outro átomo de ferro, ambos se conjugam, formando espontaneamente ímãs microscópicos — os “domínios”.
“Domínios” se mostram irregulares e desordenados, mas quando conjugados, alinham-se e se ajustam espontaneamente.
Quando acontece essa interação atômica os spins encontram uma barreira formada pelo atrito dos campos magnéticos próprios. Mas, havendo aumento da intensidade magnética eles (os “spins”) se alinham e ocorre padronização da orientação de todos.
Esse fluxo magnético tende a aumentar na proporção do aumento do campo magnético. Quando todos os “spins” de um determinado material se projetam na mesma direção, temos que esse material está saturado.

8.4 – Campo magnético essencial
“Domínios”, quando associados, produzem linhas de força formadoras do campo magnético essencial, que pode ser facilmente demonstrado por uma agulha magnética.
Um pólo magnético colocado a um centímetro de outro pólo igual cria repulsão ou atração, cuja força equivale a um dina, cuja massa magnética unitária é designada de oersted.
NOTA: Oersted: unidade eletromagnética de campo magnético. A denominação homenageia Hans Christian Oersted, físico dinamarquês (1777-1851), que numa célebre experiência descobriu o campo magnético criado pelas correntes elétricas.
Num campo magnético cujas ações horizontais sejam diferentes das verticais isso provoca grande intensidade.
Nos elementos de “spins” compensados os respectivos ímãs microscópicos se mostram em equilíbrio. Já elementos com “spins” descompensados nas camadas periféricas do átomo essa harmonia (ou saturação) não acontece.
Nosso planeta possui substâncias magnéticas naturais.
O ferro, o aço, o cobalto, o níquel e as respectivas ligas — em especial o ferro doce — podem ser artificialmente imantados (magnetizados), cujo efeito durará apenas sob a ação magnetizante. O aço temperado mantém a imantação por mais tempo.

8.5 – Ferromagnetismo e mediunidade
O ferromagnetismo se presta ao estudo da mediunidade, naturalmente após as considerações feitas sobre circuitos elétricos e efeitos magnéticos.
Pessoas normais têm seus “spins” mentais em equilíbrio e com isso suas emoções comuns são entrosadas e harmônicas.
Por outro lado, aqueles cujos “spins” se mostram descompensados carregam consigo mesmos condições mediúnicas ou situações que exigem auxílio de correntes de força que lhes dê equilíbrio. Interessante notar que isso pode acontecer com almas abnegadas (por exemplo: missionários desencarnados em difíceis tarefas nas regiões umbralinas, onde comparecem para auxiliar ao próximo ali estacionado; ou, ainda, almas desajustadas, em penosos processos regeneradores).
Deduzimos, pois, que mentes equilibradas e afinadas com o meio material têm reduzido campo magnético; já os Espíritos muito experientes são rodeados por intenso campo magnético, sejam os devotados ao bem como os que trilham pelos caminhos do mal.

8.6 – “Descompensação vibratória”
Mediunidade ou capacidade de sintonizar constituem patrimônio de todos os homens.
E todos possuímos campo magnético próprio, de alta intensidade, demonstrando “descompensação vibratória”.
Esse estado tanto pode ser o daqueles Espíritos voltados para a prática do bem, quanto o das almas que infelicitaram a si mesmas, pelas transgressões das Leis Morais.
No mundo, assim, encontraremos criaturas de pequena ou grande existência terrena, umas trazendo contribuição para o programa da Humanidade e outras, em situação oposta, purgando delinqüência em penosos lances expiatórios.

9. CÉREBRO E ENERGIA

9.1 – Geradores e motores
A força eletromotriz é criada por geradores e potenciada por motores.
As máquinas elétricas têm enrolamentos imbricados (fios superpostos, uns aos outros) ou ondulados, existindo diversos aparelhos dessa espécie.
A maioria dos geradores são auto-excitados, isto é, a corrente elétrica os induz à geração de energia.
Da mesma forma a atenção ou desatenção do médium criará energia mental e a respectiva expansão.

9.2 – Gerador “shunt”
(“Shunt”: do Inglês = derivado)
Num gerador “shunt”, quando o interruptor é ligado o induzido começa a girar, forma-se campo de magnetismo residual e então surge pequena energia eletromotriz. Se o interruptor for fechado a força eletromotriz que havia se formado se transforma em força magnetomotriz, no mesmo sentido do magnetismo residual.
Quando a força eletromotriz alcança a maior potência a voltagem pára de se elevar ao ser atingida a saturação.

9.3 – Frustração da corrente elétrica
Se a corrente elétrica de um gerador não se modificar ocorrerá frustração:
- por ausência de magnetismo residual (aparelhos novos ou em desuso por tempo longo);
- por inversão das ligações no circuito do campo, pois assim como o magnetismo residual no campo “shunt”, ligado à armadura deriva ação naquele campo, a forma eletromotriz será gerada pela corrente elétrica e adicionada ao campo residual
(Armadura: em eletricidade = pedaço de ferro que estabelece a ligação dos pólos de um ímã);
- muita resistência por parte do circuito do campo, podendo surgir causa de ligações inconvenientes ou sujeira acumulada na máquina.

9.4 – Gerador do cérebro
O cérebro, por analogia, no nosso estudo, contém um gerador auto-excitado, que realiza, na sua intimidade, gama expressiva de tarefas: geração, excitação, transformação, indução, condução, exteriorização, captação, assimilação e desassimilação da energia mental.
Inexiste, na Terra, um aparelho capaz de tal desempenho.
O cérebro encerra em si mesmo células especiais que se constituem em usinas microscópicas a acionar motores de sustentação para o corpo todo.
Os implementos miniaturizados da eletrônica dão pálida idéia da ação daquelas ínfimas usinas instaladas no cérebro.
Pois é nessa prodigiosa área (cerebral) que a matéria mental, ao comando constante do Espírito, produz correntes que se exteriorizam, durante a vida toda e mais se mostra na aura do homem, em ação e reação contínuas.
Nesse ponto o Autor espiritual lembra que o gerador comum atinge atividade máxima conforme a resistência encontrada no campo, perdendo força quando da saturação.
Partem do cérebro ordens e decisões, cujos resultados gerarão débito ou crédito ao responsável — o Espírito imortal.
No córtex estão a sede dos sentidos, os centros da palavra escrita e oral, a memória e os vários automatismos biológicos, tudo conectado à mente. E ainda, a memória profunda, respondendo pelo discernimento, pela análise, pela reflexão, pelo entendimento e pelos valores morais de cada indivíduo.
As correntes mentais formadas de átomos semelhantes visitam e circulam por todas essas províncias físicas, da mesma forma que as correntes elétricas circulam pelos vários aparelhos, neles formando resíduos magnéticos. Daí, deduzirmos que também a corrente mental produz eletromagnetismo.

9.5 – Corrente do pensamento
O Espírito tem uma força eterna, de propriedades inimagináveis: o pensamento! Ele é qual uma corrente que, no indivíduo desatento, tem pequena potência; mas, no homem concentrado, a energia mentocriadora cresce, formando resíduo de magnetismo que dilatará o fluxo, fazendo a energia mental alcançar o seu maior valor — seria algo assim como a elevação da voltagem no gerador elétrico, até à saturação.
Segundo os objetivos (intenção) buscados por esse pensador, a energia mental alcançará ponto máximo e se dirigirá à sua realização.

9.6 – Negação da corrente mental
A energia mental (criativa) não se expandirá se:
- não houver magnetismo residual (caso dos cérebros primitivos, das criaturas recém-promovidas ao reino hominal, ou mesmo aquelas outras, de várias vivências, muitas delas em ociosidade espiritual)
- os circuitos mentais estiverem invertidos, por egoísmo e por perturbações obsessivas a que o Espírito tenha dado azo
- houver deficiência física, causada por problemas temporários ou por desmazelo (desrespeito) do indivíduo para com o próprio corpo.

10. FLUXO MENTAL

10.1 – Partícula elétrica
Todos os elementos químicos são formados por átomos e cada átomo tem um conjunto determinado de elétrons (“número atômico”) distribuídos em torno do núcleo.
O deslocamento das partículas de um elemento cria um campo elétrico que forma ondas, segundo o número atômico desse elemento.
Os elétrons tiveram sua carga e massa medidos com precisão, sendo demonstrado que a energia se propaga em partículas infra-atômicas que promovem proporcionais pulsações eletromagnéticas.
A corrente elétrica ao circular num condutor (como uma “bola de eletricidade”) gera calor, campo magnético ao redor desse condutor, produz luz e resulta em ação química. Detalhes dessa circulação:
- o calor acontece pelas colisões dos elétrons livres, em translação sobre si mesmos
- o campo magnético é criado a partir do deslocamento das partículas
- a luz é produzida pela corrente elétrica do condutor
- a ação química decorre de determinadas soluções.

10.2 – Partícula mental
A consciência administra emoções e desejos íntimos do Espírito, formulados pela mente e que circulam em partículas pela corrente mental, produzindo irradiações eletromagnéticas. Esse processo guarda alguma semelhança com o trânsito das partículas elétricas (texto do item anterior).
A expansão das partículas mentais varia em razão do estado mental de quem as emite. De novo: essa expansão palidamente se assemelha à chama, que iluminará à sua volta em intensidade proporcional à energia nela empregada.

10.3 – Corrente mental sub-humana
O Autor presta-nos fantástica informação: são encontradas correntes mentais (das bem elementares às mais complexas) nos reinos inferiores da Natureza: no mineral (!), nos vegetais, nos animais mais simples e nos animais superiores (aqueles já candidatos à promoção na produção do pensamento contínuo).
Tais correntes mentais não passam de impulsos constantes de sustentação da vida primária dos seres sub-humanos. Cumpre destacar que nos animais superiores os impulsos mentais já deflagram percepções avançadas.

10.4 – Função dos agentes mentais
Da sua criação à chegada ao reino hominal o Princípio Inteligente (P.I.) foi sendo sustentado e amparados por Espíritos Siderais, os quais, a pouco e pouco equiparam-no com automatismos biológicos múltiplos. Esses automatismos se expressam por impulsos mentais incessantes (ondas eletromagnéticas), com ação no cérebro, pondo em ligação (sinapses) os impulsos nervosos que então passam de um a outro neurônio.
Todas essas operações contam com a ação de milhões e milhões de células que se interligam eletromagneticamente à dinâmica daqueles automatismos. Disso decorre o equilíbrio orgânico, pois essas células, em conjunto, são micro-usinas que, sob estímulos coordenados, produzem e distribuem subsídios químicos para todo o corpo físico.

10.5 – Corrente mental humana
No cérebro humano, de maior complexidade, que não age apenas fisiologicamente, iremos encontrar as correntes mentais que alicerçam a evolução da alma, formulando ações concebidas pelo pensamento contínuo, a se caracterizarem por co-criação, de alguma forma colaborando com a incomparável obra da Criação Suprema — Deus.
É assim que o indivíduo, pela criatividade e projetos nobres ascende a planos espirituais mais altos.
A corrente mental visita todas as células do corpo humano, em vibrações ondulares adequadas a cada província orgânica, em particular.
Faz mais essa abençoada corrente: tem ação vitalizante na alma e por conseqüência em todas as articulações, órgãos e núcleos glandulares endócrinos, possibilitando ao Espírito extrair recursos e sustentação para emitir seus pensamentos, bem como para recolher e decifrar pensamentos dos outros.

10.6 – Campo da aura
O Espírito, tanto do homem encarnado quanto desencarnado, expressa respectivamente, ao redor do corpo físico ou do perispírito, as radiações correspondentes ao seu nível evolutivo. Essa irradiação envolve a criatura em uma túnica (aura) de forças eletromagnéticas e apresenta-se mais ou menos condensada, expondo “essências e imagens do mundo íntimo” do ser.
NOTA: Talvez possamos conjeturar que a aura, assim, é um verdadeiro documento de identidade do Espírito, quanto à sua condição moral.
A aura se expande e segundo sua energia condensada poderá alcançar espaços distantes de onde está a alma (ser encarnado) ou o Espírito (ser desencarnado).
NOTA: Kardec, pedagogicamente, recomenda a denominação “alma” para designar o ser encarnado e “Espírito”, o desencarnado.
Nesse alongamento, a aura influenciará os que com ela tenham afinidade, mas também assimilará injunções dos que com ela simpatizam.
Assim como a luz diminui de intensidade com o afastamento do fulcro gerador, a aura também perde poder de influenciar, segundo a distância a que se expanda.

11. ONDA MENTAL

11.1 – Onda hertziana
As correntes atômicas que geram forças corpusculares na Terra dão-nos idéia clara de como o pensamento (radiação mental) utiliza substância mental para presidir, em ondas de várias freqüências, a todos os fenômenos do Espírito.
Com efeito, o pensamento utiliza o cérebro para emitir suas criações e receber as dos outros, assim como as ondas eletromagnéticas (ondas hertzianas) se expressam, quanto ao comprimento, em ondas largas médias ou curtas.

11.2 – Pensamento e televisão
A televisão funciona por feixes eletrônicos, bem controlados: a aparelhagem utilizada capta, transforma, irradia e transmite imagens e sons, simultaneamente.
Assim também, de cérebro a cérebro, o pensamento (formulado em ondas) transmite e recebe ondas. Ao pensar, o Espírito cria a respectiva forma-pensamento que é arrojada do íntimo para o exterior e será assimilada por quem sintonizar com ela. A recíproca é verdadeira: o que os outros pensam pode ser captado e aceito por nós. Esse mecanismo é semelhante à ação do hipnotizador sobre o hipnotizado.
(A seguir, neste item, o Autor espiritual detalha o funcionamento da televisão).

11.3 – Células e peças
A televisão, a sua aparelhagem e o respectivo funcionamento constituem, inegavelmente, um prodígio da eletrônica. Mas o cérebro humano... ah! é fantasticamente superior em organização e capacidade!
Na emissão e recepção de “estímulos, imagens, vozes, cores, palavras e sinais múltiplos”, o cérebro utiliza caminhos que levam e caminhos que trazem tudo isso, simultaneamente.
A televisão necessita de implementos específicos para captação das imagens e sons, os quais, para serem transmitidos exigem outra coleção de implementos.
É por isso que é pobre a comparação da TV com o cérebro humano, já que este é, ao mesmo tempo, transmissor e receptor, não só de imagens, sons, cores, vozes, estímulos, mas também e ainda de formas-pensamento.

11.4 – Alavanca da vontade
O pensamento de toda criatura se expressa por oscilações mentais, as quais combinam por simpatia-sintonia com o pensamento de outras criaturas. Isso é válido para encarnados e desencarnados.
O fluxo energético de cada indivíduo define-lhe a personalidade, de forma inconfundível. É assim que o bem ou o mal que cada Espírito traz encerrados em si mesmo são-lhe identificador indubitável.
Milênios e milênios de experiências levam o Espírito a desenvolver e equipar-se da alavanca da vontade, com a qual, por largas faixas, do primitivismo a um determinado nível evolutivo impera o instinto de conservação e idéias fixas na sua sobrevivência.

11.5 – Vontade e aperfeiçoamento
O homem, nos primórdios, com memória e imaginação ainda bem limitadas, não exerce a vontade de aprender a decidir. Evoluir, para ele, é difícil. Mesmo agregando-se a semelhantes, a egolatria nele fala alto. A Lei Divina do Progresso, no entanto, inexorável, em últimas instâncias recorre à pedagogia da dor — a “dor-evolução” .
Prazer individual e domínio — vontades exercidas por incontáveis existências — vão paulatinamente sendo substituídas pelas vontades de aperfeiçoamento e ajuda ao semelhante.

11.6 – Ciclotron da vontade
(Ciclotron: acelerador circular de partículas)
O homem sempre dirige seus pensamentos aos Espíritos elevados e nesse patamar evolutivo dispõe de mecanismos mentais para impedir a ação de idéias contrárias. Esses mesmos mecanismos ajudam o indivíduo a unir, às suas, as ondas simpáticas dos outros. Mas, a Lei Divina da responsabilidade (ação e reação) é invariável: projetos nobres, ou infelizes, são criações mentais e deles advirão, respectivamente, liberdade ou prisão, conhecimento ou ignorância, maiores bens ou deficiência no próprio destino.

12. REFLEXO CONDICIONADO

12.1 – Importância da reflexão
Pela reflexão o Espírito (encarnado ou desencarnado) faz com que sua mente crie poderosas energias mento-eletromagnéticas, a se exteriorizarem em corrente psíquica de potencial e qualidade inconfundíveis, quanto à fonte geratriz: ele mesmo.
Cada um de nós gera força criativa que expressa nossa personalidade em ondas próprias, as quais influenciam pessoas que com elas se afinizam, ao tempo que recolheremos também as ondas similares criadas pelos outros.
Esse mecanismo ocorre em função da sintonia, afinidade, simpatia.

12.2 – Tipos de reflexos
Muitos são os reflexos do ser: congênitos ou incondicionados (chamados de protetores, alimentares, posturais e sexuais). Cada um desses reflexos se manifesta por via própria, de cada espécie, sem intervenção da vontade. Nada objeta considerar tais reflexos como os automatismos biológicos implantados pelos Engenheiros Siderais da Vida, em cada indivíduo, a partir dos primórdios do Princípio Inteligente.
Outros reflexos, no entanto, podem ser adquiridos, isto é, com base nos reflexos incondicionados outros se lhes acoplam.

12.3 – Experiência de Pavlov
Exemplo clássico de reflexo condicionado, com manifestações da atividade nervosa superior, foi demonstrado Ivan Petrovitch Pavlov, fisiologista e psicólogo soviético (1849-1936), prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina, de 1904. Com efeito, utilizando cães, separados desde o nascimento da mãe, o cientista condicionou esses animais a se alimentarem de leite, artificialmente e eles só demonstraram possuir o reflexo patelar (aquele, da famosa pancadinha na patela — osso do joelho) e o reflexo córneo-palpebral. À vista de carne, que é alimento tradicional de cães, os animais não reagiram com salivação, o que só viria a acontecer, daí em diante, depois que a carne lhes fosse colocada na boca.
Assim, os cães passaram a demonstrar mais um reflexo, aos que já possuíam.

12.4 – Reflexos psíquicos
Vimos que há possibilidades de modificar alguns hábitos naturais dos animais, isto é, um cão em processo evolutivo pode deixar de “preferir carne”, o que é longa tradição na espécie. A alimentação, que é um reflexo incondicionado, pode, dessa forma, sofrer alteração e se sobrepor a impressões ancestrais. Isso, em todos os seres vivos.
No caso humano, se aplicarmos o mesmo princípio dos reflexos condicionados aos reflexos psíquicos, atestamos que a razão e o livre-arbítrio, postos a serviço da nossa evolução, constituem fontes inesgotáveis de discernimento, para nossa escolha.
Os reflexos condicionados mentais emitidos por uma pessoa trazem, em si mesmos, o mecanismo da emissão dos temas afins daquela mente, que se exteriorizam, impressionam outras pessoas e voltam à origem, acrescidos das criações mentais dessas mesmas pessoas.
Tais os processos inconscientes da conjugação mediúnica, incipiente de início, para a plenitude, após a sedimentação mental de tais reflexos.

12.5 – Agentes de indução
A auto-sugestão é poderosa ferramenta para a aquisição de hábitos, comportamentos, criação de idéias. Uma vez que o homem raciocina, torna-se responsável pelo que sua mente exteriorize e pelas conseqüências disso, muitas das quais não consegue aquilatar. Essas formas-pensamento que lançamos na psicosfera fazem-se indutivas, fraca ou fortemente sobre outras pessoas, segundo a idéia seja mais ou menos fixa.
É assim que todos os homens se interligam pelo pensamento, automaticamente(!)
Muita vigilância impõem os agentes de indução, quais sejam a conversação, a leitura de uma ou outra obra, a contemplação de um quadro, visitas (feitas ou recebidas), conselhos, opiniões. Todas essas atividades criam vida — vida mental —, cuja energia influenciará outrem. Do que elas resultarem, o emitente será invariavelmente o responsável.

12.6 – Uso do discernimento
Estar revestido com o corpo físico não impede a ninguém de pensar, no bem ou no mal. O livre-arbítrio de cada Espírito deve se pautar no discernimento, na constante preocupação em não ferir ao próximo. A existência terrena e mais ainda a vivência espiritual são conjugadas a correntes eletrônicas e correntes mentais, por todos os lados. Estreita e permanente ligação com Espíritos nobres (pela prece, por atitudes elevadas, por leituras esclarecedoras) são atitudes das mais recomendáveis, para que estejamos sempre nos policiando, quanto aos pensamentos, às escolhas, às ações.
Eles se aproximarão de nós e certamente nos sustentarão nas horas difíceis.

13. FENÔMENO HIPNÓTICO INDISCRIMINADO

13.1 – Hipnotismo vulgar
Hipnotismo a título de espetáculo se vale de propriedade do reflexo condicionado, vez que o hipnotizador, geralmente em presença de público, induz a todos que concedam obediência e respeito. Nesse ponto, entrando em sintonia as vibrações dele e de alguns assistentes, estes são selecionados para a demonstração que é buscada.
Um objeto é mostrado e todos os “selecionados” devem se fixar nele...
Não tarda e de forma espontânea uma ou outra pessoa demonstra a passividade pela qual é-lhe sugerida essa ou aquela atitude, nem sempre digna, na maior das vezes hilária. O hipnotizado, subjugado mentalmente, cria as imagens (ou se porta) segundo as idéias sugeridas. Obedece e diverte o “respeitável público”. Triste espetáculo!
A influência mental do hipnotizador, não raro, funciona até em pessoas distantes dele, seja através do rádio ou da televisão.

13.2 – Graus de passividade
Ocorrendo a invasão mental de comando, do hipnotizador para o hipnotizado, este atenderá ao apelo alucinatório criado por si mesmo. Dependendo do grau de obediência, encontraremos hipnotizados “comuns”, letárgicos e até em catalepsia.
Hipnose e letargia, via de regra, provocam sono e na catalepsia (em alguns casos na letargia também), emancipação parcial do Espírito, com desprendimento perispiritual.
NOTA: Conjeturamos que tal sujeição pode ser danosa ao hipnotizado pelo desdobramento provocado, cujo retorno foge ao seu controle e à naturalidade.

13.3 – Idéia-tipo e reflexos individuais
Em algumas exibições de hipnotismo vulgar ele pode envolver mais de um passivo.
Ao comando “de frio”, por exemplo, os cérebros dos hipnotizados reagirão obedientemente à sensação térmica, contudo, cada um à sua moda: um abotoará o casaco (imaginário), outro erguerá a gola da camisa para aquecer o pescoço, outro gesticulará ajeitar um cachecol inexistente, outro soprará ar quente nas mãos, etc.
Tudo isso ocorre porque cada um age segundo sua “idéia-tipo” quanto ao frio.

13.4 – Aula de violino
Esses mesmos “sujets” (do francês: assunto, objeto, tema; súdito, vassalo; em Gramática: sujeito), recebendo informação que se encontram em aula de música e recebendo ordem de ensaiar o violino, gesticularão serem violinistas.
Naturalmente, os que desconhecem o assunto se portarão de modo grotesco e se eventualmente houver quem de fato seja violinista, este executará gestos adequados.

13.5 – Hipnose e telementação
Em alguns casos o hipnotizado poderá substituir parcialmente sua personalidade e representar a de outrem: um cantor famoso, um político, um artista, etc.
Tanto mais expressiva será a manifestação quanto o hipnotizado conheça a personagem que está imitando. Por exemplo: recebendo comando para imitar um maestro, imediatamente criará uma forma-pensamento de uma batuta e de estar à frente de uma orquestra. Aí, manipulará essa batuta invisível como se material fosse...
Se a personalidade a ser “vivida” pelo “sujet” lhe é desconhecida, só com muitas informações do hipnotizador poderá evidenciar-se o transe.

13.6 – Sugestão e afinidade
Numa ligação mental mais enérgica entre hipnotizado e hipnotizador, se aquele der uma ordem para que este faça isso ou aquilo após sair do transe, isso irá de fato acontecer. Por exemplo: ao sair da hipnose oferecer um copo de água a alguém.
Contudo, se em tal circunstância o comando do hipnotizador for de ordem moral, essa ordem só será obedecida se houver afinidade profunda entre ambos e se de fato o “sujet”, em condições normais, apresenta tendência plena de agir como o hipnotizador lhe ordenou.

14. REFLEXO CONDICIONADO ESPECÍFICO

Em nota de rodapé o autor espiritual adverte que suas explanações sobre o hipnotismo são formuladas apenas para explicar mecanismos da mediunidade e não para serem praticados pelos “companheiros do Espiritismo”.

14.1 – Pródromos da hipnose
O capítulo anterior tratou da hipnose vulgar, teatral, pública.
Se o hipnotizador for um homem probo e for procurado por alguém que lhe pede ajuda para se livrar de doença nervosa, de pronto se estabelecerá contato positivo entre os dois, a partir de acolhimento simpático, carinhoso. Feita tal ligação e após palavras de ânimo, o consulente acatará de boamente o convite para responder a algumas perguntas, após ser instalado em confortável poltrona.

14.2 – Mecanismo do fenômeno hipnótico
Com o “paciente” sentado e o hipnotizador à frente dele, este situará levemente sua mão esquerda sobre a cabeça daquele e com a mão direita levemente erguida ordenará que fixe a vista nos dedos daquela mão.
Esse quadro caracteriza projeção de fluxo mental, do hipnotizador ao hipnotizando, que será captado pela glândula epífise deste. De certa forma podemos considerar que citada glândula é verdadeira antena para captação mediúnica.
Nesse ponto o hipnotizado estabelece “circuito fechado” mental sobre si mesmo, com a atenção plenamente fixada na vontade do hipnotizador.
Será então induzido a sono, mediante ordem calma que o cérebro se encarregará de obedecer, com liberação dos componentes fisiológicos adequados (aglutininas).
É hora do hipnotizador, com voz grave e calma, dirigir ordem ao “sujet” para que, ao acordar, esteja livre das perturbações nervosas. Tal ordem é bem detalhada e sempre pontilhada de informes de que “tudo está bem”.

14. 3 – Mecanismos da hipnoterapia
Ocorre no hipnotizado, nesse sono provocado, uma benéfica administração das sugestões recebidas, eis que seu veículo fisiopsicossomático as assimilará e mais: eliminará, se não todas, grande parte das inibições funcionais nele instaladas.
A ação do hipnotizador é catalisadora: desencadeia a recuperação, por reflexoterapia.
Quinze minutos mais ou menos após o hipnotizador traz o hipnotizado à vigília, já manifestando melhoras expressivas(!) e manifestando agradecimentos.
Como é fácil de deduzir, o hipnotizador apenas exerceu influência, mas a ação curativa aconteceu integralmente sob responsabilidade individual do hipnotizado.

14.4 – Objetos e reflexos específicos
O tratamento prosseguirá. No dia seguinte, já no encontro entre hipnotizado e hipnotizador, a sintonia se estabelecerá com facilidade e aquele desencadeará, inconscientemente, forças mentais auto-energizadas, como reflexo dos conselhos deste, na véspera.
Esse condicionamento é tão evidente que até mesmo um simples objeto dado de presente pelo hipnotizador ensejará com que “o paciente”, numa eventual crise e na ausência daquele, promova a autocura.
Talismãs, ou outros objetos considerados “imantados” trazem encerrados em si mesmos esse princípio, isto é, por vezes à distância do fulcro em que foram formados, agem como catalisadores parciais de cura de algum distúrbio orgânico.

14.5 – Circuito magnético e circuito mediúnico
A continuidade do envolvimento entre hipnotizado e hipnotizador carreará circuito mediúnico perfeito entre ambos. Essa hipótese de continuidade é propícia para serviços de trocas mentais, pois o magnetizado, alcançada a própria cura pelo reequilíbrio da região nervosa anteriormente afetada, essa ora se mostra em harmonia.
Instalada tal simbiose mental, alimentada diariamente pelo fluxo do hipnotizador sobre o hipnotizado, o cérebro deste passará a apoiar-se no daquele, acatando livremente suas inclinações e seus desígnios. Tão forte será essa junção que o “sujet”, sob controle do magnetizador, até se desdobrará perispiritualmente, vendo e ouvindo só o que este lhe repassar.

14.6 – Auto-magnetização
O reflexo condicionado específico estabelecido entre o hipnotizador e o hipnotizado é de tal intensidade que este poderá “cair em hipnose ou letargia, catalepsia ou sonambulismo”, mesmo que já não mais esteja contato com aquele, desde que tenha prosseguido interessado em manter ou ampliar suas conquistas espirituais.
Isso acontecerá mediante concentração profunda nas lembranças exitosas, a respeito.
Faquires (para citarmos um exemplo de desdobramento auto-induzido), separados do corpo físico entram em contato com Espíritos afins e nessa circunstância até conseguem modificar a ação orgânica dos sentidos, provocando reações inusitadas dos sentidos, por essa ou aquela ação sobre o universo celular orgânico.

15. CARGAS ELÉTRICAS E CARGAS MENTAIS

15.1 – Experiência vulgar
Referindo-se ao mecanismo do hipnotismo vulgar, sem finalidades construtivas (cap 13, desta obra), o Autor espiritual cita agora à “propagação indeterminada dos elétrons nas faixas da Natureza”. Relembra a experiência popular de se esfregar uma caneta tinteiro (estávamos em 1959... e elas ainda existiam) com um pano de lã, formando bolhas de ar nesse pano das quais se desprendem elétrons livres que irão se acumular na tal caneta, que ficará negativamente carregada. Aproximando esta caneta de fragmentos de papel (muito pobres de elétrons) tais fragmentos serão atraídos (“sugados”) para a caneta, por ação dos elétrons livres carregados positivamente.

15.2 – Máquina eletrostática
Máquinas eletrostáticas que possibilitam experiências primárias de eletricidade operam nessa mesma propriedade daquela com a caneta-tinteiro. Discos de ebonite, em movimento rotatório, “esfarelam” as bolhas de ar existentes entre eles, liberando os elétrons quase soltos. Esses elétrons, por ação de escovas, são arremessados às esferas metálicas, acumulando-se até soltar faíscas.

Máquina eletrostática

NOTA: Máquinas eletrostáticas são geradores mecânicos de eletricidade em alta tensão. As máquinas de atrito foram as primeiras formas desenvolvidas para a geração de eletricidade em quantidade significante, e praticamente toda a pesquisa inicial sobre eletricidade, nos séculos XVII e XVIII foi desenvolvida com nada mais sofisticado que estes curiosos dispositivos como fonte de energia. Atualmente (princípio do século XXI), estas máquinas são muito pouco conhecidas, com muito de sua história esquecida.

15.3 – Nas camadas atmosféricas
Elétrons livres, em camadas, estão em toda parte.
Nos dias de calor o ar aquecido remete às camadas atmosféricas mais altas o produto da evaporação (conjunto de átomos), que formam gotas nas zonas de altitude fria. Tais gotas, pelo peso, despencam. São as abençoadas chuvas!
Nessa queda, gotas há que encontrando correntes de ar quente se evaporam e liberam elétrons livres fracamente aderidos a elas (às gotas). Dessa formidável atividade — subida em turbilhões de elétrons livres — resulta a formação de nuvens, eletricamente carregadas. Naquelas alturas, essas nuvens, sobrecarregando-se de eletricidade, atingem tensão a milhões de volts. Os (benditos) elétrons, em massa, saltam então para fora das nuvens (indo para outras nuvens ou para a terra). Aí, teremos relâmpagos, trovoadas e aguaceiros.
As famosas explosões solares, que ocorrem a cada onze anos, liberam cargas imensas de elétrons que alcançam a Terra, quando esta se posiciona na direção das citadas explosões eletrônicas. Daí surgem perturbações no campo terrestre (inclusive provocando alterações em todos os sistemas de comunicação).
Essas ocorrências solares desarticulam igualmente as válvulas microscópicas do cérebro humano...

15.4 – Correntes de elétrons mentais
Por analogia elementar temos que as correntes de elétrons mentais igualmente vagueiam por toda a parte indo se agregar nos Espíritos, segundo a lei da sintonia mental. Uma leitura de página qualquer, consulta a este ou àquele livro, eventual conversação, interesse fixado nisso ou aquilo — são fatores pré-disponentes a nos ligar a mentes encarnadas ou desencarnadas — superiores ou inferiores —, que trilhem nessa estrada do pensamento.
Dessas junções teremos “faíscas”, algo semelhantes às das máquinas eletrostáticas.
Assim como a atmosfera terrestre espelha o que vai pelo planeta, igualmente nossa aura estampará o que vai pelo nosso Espírito: pensamentos, tendências e ações.

15.5 – Correntes mentais construtivas
A Natureza age continuamente com harmonia de suas energias. E nós, igualmente, para vivenciarmos esse patamar precisamos ter segurança naquilo que fazemos.
Da nobreza de sentimentos e ações resultará essa segurança.
O poder mental do homem bom é quantificado na razão direta das cargas magnéticas liberadas por sua consciência, na vivência e no labor do bem, possibilitando-lhe grandeza no exercício da sua vocação ou aptidão.
Pesquisador, professor, artista, escritor, trabalhador no lar, assistente social, trabalhador rural, administrador, comerciário, industrial, tratador de animais, desportista — enfim, nas diversas atividades em que se encontra — cada Espírito é convocado pela Lei Divina do Progresso a servir ao bem.
Resumindo: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, como proclamou e exemplificou o inesquecível Mestre.

15.6 – Correntes mentais destrutivas
Aparentes “conflitos atmosféricos” entre nuvens pacíficas e condições climáticas desencadeiam as tempestades. Mas na Natureza não há conflito algum, pois sábias são as Leis de Deus e, no caso, a inteligência do homem capacita-o a precaver-se.
Já a alma humana que se sobrecarrega de tensão negativa, do que resulta profundo desequilíbrio para si mesmo e à sua volta, certamente estará negativamente energizada por outras almas no mesmo diapasão mental desequilibrado.
Assim são gerados delitos. E alienações. E processos obsessivos...
Identificado clima mental propício a “tempestades na sua existência” urge ao Espírito dissipar o mais rápido possível tais cargas magnéticas destrutivas: no trabalho digno, na oração, na aproximação com o Evangelho de Jesus — auto-reforma, enfim.
As ondas mentais negativas emitidas por almas afins, encarnadas ou desencarnadas, se aglomeram e respondem, senão por todas, pela maioria das obsessões observadas na face da Terra, de que dão testemunho os multiplicados sofrimentos humanos.

MECANISMOS DA MEDIUNIDADE - PARTE 1




MECANISMOS DA MEDIUNIDADE - PARTE 1Autor Espiritual: André Luiz
Psicografia: Francisco Cândido Xavier
Sinopse: Eurípedes Kühl
Realização: Instituto André Luiz
Fonte: http://www.institutoandreluiz.org/sinopse_mecanismosmed.html


Título: "MECANISMOS DA MEDIUNIDADE" - (26 capítulos - 188 páginas)
AUTOR: Espírito ANDRÉ LUIZ (pseudônimo espiritual de um consagrado médico que exerceu a Medicina no Rio de Janeiro)
PSICOGRAFIA: FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER e WALDO VIEIRA (concluída em 1959)
EDIÇÃO: Primeira edição em 1959, pela Federação Espírita Brasileira (Rio de Janeiro/RJ).
Neste trabalho estamos consultando a 9ª edição/1986. Em 2006 foi lançada a 25ª edição, do 221º ao 225º milheiro de exemplares.
NOTA: Em 2003, na Bienal do Livro do Rio de Janeiro, a Federação Espírita Brasileira anunciou que a obra NOSSO LAR alcançou a expressiva marca de 1,5 milhão de exemplares (!).
Comemorando tão expressiva marca a FEB reeditou, com nova diagramação e capa, a coleção dos 13 (treze) livros de A.Luiz com psicografia de F.C. Xavier e W.Vieira, tratando de “A Vida no Mundo Espiritual”! O presente livro teve essa 1ª edição especial (2003) de 5.000 exemplares.
ABERTURA: Registros de Allan Kardec, designados pelo Autor espiritual
PREFÁCIO: Espírito EMMANUEL — Mediunidade.
INTRODUÇÃO: Do próprio Autor Espiritual (ANDRÉ LUIZ) — Ante a Mediunidade.

CONSIDERAÇÕES INICIAIS
(Obra com estudo simplificado)

O livro “MECANISMOS DA MEDIUNIDADE” é o décimo-primeiro da abençoada coleção A Vida no Mundo Espiritual, composta de 13 (treze) livros.
Permitam-nos os leitores fazermos um pequeno paralelismo entre esta obra e a anterior (EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS), posto que ambas apresentam particularidades especiais, não só quanto à sua feitura — dois médiuns psicógrafos —, mas, principalmente, quanto ao conteúdo: se na anterior vimos características da evolução do Espírito, desde sua criação, quer no Plano Espiritual, quer no material, nesta, o Autor espiritual, no sentido de que seja compreendida a mediunidade, enquadra-a em alguns conceitos da Física, do magnetismo e principalmente da eletricidade. Prudente, apressa-se em prevenir que suas notas são transitórias, eis que ao revestir a mediunidade com apontamentos daquelas ciências, mais não faz do que utilizar o que há de disponível na Ciência terrena, cujo conhecimento evolui, sendo, pois, passageiras as “verdades acabadas” dos homens.
Palavras textuais de André Luiz, na apresentação desta sua obra:
“ (...)
Quanto mais investiga a Natureza, mais se convence o homem de que vive num reino de ondas transfiguradas em luz, eletricidade, calor ou matéria, segundo o padrão vibratório em que se exprimam.
Existem, no entanto, outras manifestações da luz, da eletricidade, do calor e da matéria, desconhecidas nas faixas de evolução humana, das quais, por enquanto, somente poderemos recolher informações pelas vias do espírito.”
Aos médiuns, qualquer que seja sua faculdade mediúnica, recomendamos o estudo desta obra, se possível em grupo, do qual faça parte alguém estudioso da eletricidade e eletrônica, para maior proveito.

Repetimos o que dissemos no “EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS”: realizar simplificação desta alentada obra, capítulo a capítulo, como agora nos propomos é tarefa arriscada. Se por um lado tornará acessível ao entendimento parte do texto e da mensagem, por outro, necessariamente, implicará em perda de substância. Estamos cientes disso. Não obstante, com olhos voltados para a tolerância do Autor espiritual e a compreensão dos leitores, estaremos nos esforçando para que do nosso trabalho, entre perdas e ganhos, resulte que estes prevaleçam.
Assim, comentá-la sob reducionismo (simplificação), muito mais com boa vontade do que com competência, imaginamos que apenas isso nos seja permitido.
Para tanto, dentro do possível, buscaremos traduzir essa ou aquela terminologia técnica e sublinharemos a mensagem.
— Por que é arriscada a tarefa?
— Porque a obra não cita personagens e não contém o roteiro de um acontecimento, tanto quanto não se prende a uma determinada área científica, de uma época ou de uma civilização em particular. Contém ensinamentos inéditos sobre os mecanismos pelos quais se processa a mediunidade, partindo a narração da visão “do Céu para a Terra”. Para tanto, apropria o que a Ciência terrena detinha de conhecimentos (eletricidade, em particular), à época da sua elaboração.
* * *
INTRODUÇÃO
REGISTROS:
Para abrir a obra André Luiz designou que fossem apostos registros de Allan Kardec, os quais citamos abaixo (as fontes estão registradas logo na abertura do livro “Mecanismos da Mediunidade”):
1. No estado de desprendimento em que fica colocado, o Espírito do sonâmbulo entra em comunicação mais fácil com os outros Espíritos encarnados, ou não encarnados, comunicação que se estabelece pelo contacto dos fluidos, que compõem os perispíritos e servem de transmissão ao pensamento, como o fio elétrico.
2. Salvo algumas exceções, o médium exprime o pensamento dos Espíritos pelos meios mecânicos que lhes estão à disposição e a expressão desse pensamento pode e deve mesmo, as mais das vezes, ressentir-se da imperfeição de tais meios.
3. A mediunidade não é uma arte, nem um talento, pelo que não pode tornar-se uma profissão. Ela não existe sem o concurso dos Espíritos; faltando estes, já não há mediunidade.
4. Por toda a parte, a vida e o movimento: nenhum canto do Infinito despovoado, nenhuma região que não seja incessantemente percorrida por legiões inumeráveis de Espíritos radiantes, invisíveis aos sentidos grosseiros dos encarnados, mas cuja vista deslumbra de alegria e admiração as almas libertas da matéria.
5. São extremamente variados os efeitos da ação fluídica sobre os doentes, de acordo com as circunstâncias. Algumas vezes é lenta e reclama tratamento prolongado, como no magnetismo ordinário; doutras vezes é rápida, como uma corrente elétrica.

NOTA DOS MÉDIUNS: A convite do Espírito André Luiz, os médiuns Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira receberam os textos deste livro em noites de quintas e terças-feiras, na cidade de Uberaba, Estado de Minas Gerais. O prefácio de Emmanuel e os capítulos pares foram recebidos pelo médium Francisco Cândido Xavier, e o prefácio de André Luiz e os capítulos ímpares foram recebidos pelo médium Waldo Vieira.

DINÂMICA UNIVERSAL

Alinhavamos abaixo algumas concepções científicas, as quais, de alguma forma, poderão auxiliar o entendimento das matérias tratadas na obra “Mecanismos da Mediunidade”.
O motivo desses comentários iniciais objetiva “preparar o terreno” para que o leitor, logo no início da obra, pressinta o que virá, eis que o Autor espiritual, ao socorrer-se da eletricidade para esclarecer-nos como se processa a mediunidade, leva-nos a visitar o fantástico mundo do micro — o mundo dos átomos, suas partículas e subpartículas.
Esse mundo é o foco principal da mecânica quântica (ramo da Física), hoje presente em praticamente todos os aparelhos eletrodomésticos, computadores, radares e microscópios eletrônicos. As equações quânticas (surgidas no século vinte) explicaram para os cientistas, pela primeira vez as reações da Química Nuclear, da Bioquímica, o funcionamento das estrelas e do Universo.
Os cientistas deduziram, com isso, que há unidade comportamental do micro ao macro.
Partindo do átomo, muitas são as referências à ininterrupta viagem rumo à miniaturização, com medidas cada vez mais diminuindo, sem jamais se chegar a um ponto final.
(Para não perdermos o foco da Sabedoria divina — que tudo criou e a tudo preside —, lembramo-nos, de raspão, que o mundo do macro segue o mesmo caminho, só que no sentido contrário (com grandezas universais invertidas), isto é, aumentando cada vez mais, incessante e assombrosamente!).
A ciência terrena, avançadíssima, curva-se diante da impossibilidade de ensaiar qualquer teoria ou hipótese sobre esse mundo material, que existe, mas que é impossível de ser explicado, rendendo-se, finalmente, à inalcançável sabedoria de Deus.
Pois, da mesma forma, a dimensão espaço-tempo não responde sobre o que havia antes da criação e início do “nosso” atual Universo, bem como o que ou como acontecerá no seu fim.
O homem, mesmo inculto, mas pio, sempre intuiu que Deus está “em toda parte”...
* * *
Teoria do caos
A Teoria do Caos para a Física e a Matemática é a hipótese que explica o funcionamento de sistemas complexos e dinâmicos. Isso significa que para um determinado resultado será necessária a ação e a interação de inúmeros elementos, de forma aleatória. Para entender o sentido dessa hipótese basta observar um exemplo na natureza, onde esses sistemas são comuns. A formação de uma nuvem no céu, por exemplo, pode ser desencadeada e se desenvolver com base em centenas de fatores quais o calor, o frio, a evaporação da água, os ventos, o clima, condições do Sol, os eventos sobre a superfície e inúmeros outros.
Para a maioria de nós, a soma de uma quantidade indeterminada de elementos, com possibilidades infinitas de variação e de interação, resultaria em nada mais do que um acontecimento ao acaso.
Pois, é exatamente isso que os matemáticos querem prever: “esse” acaso.
NOTA: Se isso acontecer, o dicionário terá que ser modificado... e talvez aí o homem compreenda que o acaso não existe, conforme os Espíritos responderam a Kardec, na questão nº 8 de “O Livro dos Espíritos”. Aliás, a mente brilhante de Einstein disse isso mesmo, de outra forma: “Deus não joga dados”.
Edward Norton Lorenz, meteorologista e matemático norte-americano, nascido em 23 de Maio de 1917, dedicou-se bastante à “Teoria do Caos”. Seus trabalhos com matemática da meteorologia nos laboratórios do MIT (Massachusetts Institute of Technology, EUA), na década de 1960, foram os primeiros estudos do que na teoria do caos se entende por atrator estranho.
Os modelos desenvolvidos por Lorenz, que poderiam auxiliar na previsão dos padrões meteorológicos, baseavam-se em doze equações que aplicadas em seqüência causariam uma soma de erros, através da realimentação dos dados de entrada pela própria saída de dados. Estes fatores onde as alterações dinâmicas de resultados alargam as probabilidades de determinadas previsões podem levar a resultados surpreendentes, ora para o caos extremo, ora para resultados precisos.
Lorenz percebeu que as teorias deterministas da física clássica estavam erradas.
Aproximava-se o final da década de 1950...
Certo dia Lorenz decidiu repetir alguns cálculos em seu modelo. Para isto parou sua simulação computacional, anotou uma linha de números (números inteiros, não fracionários) que havia sido apresentada tempos antes e digitou-a, fazendo com que o programa rodasse novamente. Afastou-se, indo tomar um café. Voltando instantes depois, para sua surpresa, notou que os novos números da simulação nada pareciam com os impressos anteriormente. Inicialmente eram iguais, depois de algum tempo começavam a diferir na última casa decimal, então na penúltima, na antepenúltima... Fisicamente este resultado poderia ser interpretado como sendo as condições climáticas que, primeiramente, comportavam-se de forma semelhante à simulação anterior; dias após surgiam pequenas diferenças; depois diferenças cada vez maiores até que, semanas depois, as características climáticas eram totalmente diferentes das características da simulação anterior.
— Por que isto ocorreu?
A conclusão do cientista foi de que os números que ele digitara não eram exatamente os mesmos; estavam arredondados! Esta pequena diferença, embora irrisória no início, foi de maneira tão incisiva se avolumando, por causa de não-arredondamentos, até que mudasse totalmente o resultado final. A isto se denomina caos.

Efeito borboleta
O “efeito borboleta” é um termo que se refere às condições iniciais dentro da Teoria do Caos. Este efeito foi analisado pela primeira vez em 1963 por Edward Lorenz. Segundo a teoria apresentada, o bater de asas de uma simples borboleta poderia influenciar o curso natural das coisas e, assim, talvez provocar um tufão do outro lado do mundo.
Dessa forma, o “efeito borboleta” faz parte da Teoria do Caos, a qual encontra aplicações em qualquer área das ciências: exatas (engenharia, física, etc), médicas (medicina, veterinária, etc), biológicas (biologia, zoologia, botânica, etc) ou humanas (psicologia, sociologia, etc), na arte ou religião, entre outras aplicações, seja em áreas convencionais e não convencionais.
E mais: o “efeito borboleta” encontra também espaço em qualquer sistema natural, ou seja, em qualquer sistema que seja dinâmico, complexo e adaptativo.
Dito de outra forma, já se filosofou que o simples espirro de alguém faz o Universo todo vibrar. Ou então, que quando alguém sonha, todo o Universo conspira para que esse sonho se realize.

SINOPSE
Capítulo a capítulo


1 – ONDAS E PERCEPÇÕES

1.1 – Agitação e ondas – Espíritos sábios, no tempo certo (século XX) repassaram conhecimento para os humanos de que o planeta Terra é um gigantesco gerador elétrico, envolto em forças atômicas que, combinadas, condicionam os movimentos do Planeta, em ritmos próprios, marcando essa sua sublime individualidade eletromagnética em todo o Universo.
OBS: Aqui já podemos inferir o que nos espera ao longo desta obra: se a Terra gera incessantemente eletricidade, ela, a eletricidade, há de ser inesgotável fonte de recursos e energia, a serviço da evolução humana.
Energias tantas, isoladas ou combinadas, geram movimento e disso resulta agitação. “E toda agitação produz ondas”:
- ondas sonoras: palavras pronunciadas, instrumentos vibrando, nuvens entrechocando-se, pássaros cantando;
- ondas caloríficas: um aquecedor assim que é ligado, um palito de fósforo aceso;
- ondas luminosas: uma lâmpada acesa, a chama de uma vela;
- ondas elétricas: o rádio funcionando.
Em resumo: na Natureza, “toda inquietação” se propaga em ondas.

1.2 – Tipos e definições
— O que é uma onda?
Tantas são as características das ondas que seria inviável simplificar-lhes os conceitos, os tipos e suas definições. Por isso, para nosso estudo, nos ateremos apenas às citações do Autor espiritual. E ele, já de início, contempla que ondas são “oscilações eletromagnéticas” (conjunção da eletricidade com o magnetismo).
Da eletricidade focalizamos o átomo, irradiando partes (os elétrons) em agitação, formando raios ou ondas que oscilam segundo a intensidade.
(Elétron = é a partícula fundamental portadora da unidade natural de carga elétrica. No presente estudo os elétrons serão intensivamente citados).
Do magnetismo fiquemos apenas com as aplicações do magneto — o ímã (toda substância que possui a propriedade de atrair o ferro).
Como André Luiz citou no item anterior, a Terra é um grande ímã natural.
Agora já podemos, embora com pobreza, definir o que seja onda:
“Onda é uma determinada forma de ressurreição de energia, a partir do seu estabelecimento ou da sua expressão”, diz-nos o Autor, relembrando que essa terminologia não é clara. A partir desse princípio, encontramos a fonte primordial de qualquer irradiação no átomo, ou em parte dele, despedindo raios ou ondas que se articulam. Ondas são avaliadas pelo seu comprimento: “longas” ou “curtas”.
As figuras abaixo nos ajudarão a mentalizar ondas e algumas das suas características:

Freqüência: número de cristas de ondas consecutivas que passam por um mesmo ponto no mesmo intervalo de tempo.
Amplitude: ondas são sempre da mesma substância e se diferenciam quanto ao comprimento da crista de uma oscilação para a crista da outra oscilação. A essa distância se denomina amplitude.
Uma onda é caracterizada pela sua amplitude e comprimento de onda, sendo a freqüência igual a velocidade dividida pelo comprimento de onda.

Ondas eletromagnéticas são compostas por duas ondas interdependentes e transversais, uma de campo elétrico e outra de campo magnético, sendo que, uma onda não pode existir sem a outra.

As ondas eletromagnéticas se propagam em qualquer meio, inclusive no vácuo, por grandes distâncias, com a velocidade da luz, por isso se prestam à comunicação.

1.3 – Homem e ondas
Átomos contêm núcleo, prótons e elétrons. Sacudidos ou excitados em seus núcleos os átomos arrojam de si ondas que produzem calor e som, luz e raios gama.
Ondas são da mesma natureza, diferenciando-se porém pela freqüência na qual se exprimem, o que acontece em toda a vastidão cósmica.
O homem, onde esteja, segundo sua evolução moral, captará as ondas consentâneas que a tudo e todos envolvem. Assim, no incessante e inexorável fluxo de progresso que traça a sua existência, seu campo mental sintonizará as ondas do meio ambiente, ao tempo que expressará aquelas que seu cérebro forjará.

1.4 – Continente do “infra-som”
(Infra-som = Vibração da mesma natureza que o som, mas de freqüência inferior à dos sons audíveis).
O homem encarnado, ou o desencarnado fixado na materialidade vive em meio aos infra-sons, abaixo de 35 a 40 vibrações por segundo, havendo autores que reduzam esse número para 16. Exemplo de infra-som: quando o trem ou o grande veículo passa por uma ponte agita a porta da residência próxima, que por sua vez agita as outras portas mais distantes.
Correntes imperceptíveis que se exteriorizam pela antena alimentada pela energia elétrica apresentam freqüência aumentada e por meio de condensadores produzem ondas de rádio comum (ondas longas), até aproximadamente mil metros, numa freqüência equivalente a 300.000 vibrações por segundo (300 quilociclos), dirigindo-se para as ondas métricas ou decimétricas (radar ou televisão).
Ao encarnado ou desencarnado ainda sintonizado com a matéria ali só há o silêncio...

1.5 – Sons perceptíveis
Ondas com freqüência aumentada, quais as notas graves do piano, são facilmente percebidas pelo ouvido humano (o tímpano é afetado) e segundo a disposição mental do ouvinte produzirão efeitos psíquicos.
Ante sons médios, mais altos, agudos, superagudos: pouco além de 15.000 vibrações por segundo, via de regra, atinge-se a zona-limite (há casos de pessoas que ouvem ainda além dessas vibrações). Cães ouvem acima de 40.000 vibrações por segundo (ultra-som).
A escala é ascendente e inimaginável aos ouvidos humanos.
NOTA: Neste item o Autor espiritual cita “as ondas nascidas do movimento incessante do Universo”.

1.6 – Outros reinos ondulatórios
Ondas do infra-vermelho, de oscilações mais curtas, já se mostram ao olhar humano, qual a luz e cores visíveis. O homem identifica, então, pelo prisma, as sete cores fundamentais contidas na luz que as sintetiza: o vermelho, o alaranjado, o amarelo, o verde, o azul, o anilado e o violeta.
Efeitos psíquicos e cores andam de mãos dadas...
O violeta, por exemplo, na onda de comprimento igual a 4/10.000 de milímetros, encontra o teto da visão humana, mas nem por isso suas oscilações param aí: com efeito, avançam, ascendentemente, não demorando a alcançar as ondas imensamente curtas dos raios X, dos raios gama, indo para os raios cósmicos que entrecruzam o Planeta.
Nos reinos do Espírito, quando este formula e emite pensamentos, está arremessando ondas cujo alcance sequer pode imaginar.

2 – CONQUISTAS DA MICROFÍSICA

2.1 – Primórdios da Eletrônica
O progresso humano decorre, invariavelmente, de bênçãos do Plano Maior.
Tratando-se da “natureza ondulatória do Universo”, Protetores Siderais destacaram Espíritos ilustres para alavancarem a Ciência terrena.
Na Grécia, 600 anos antes do Cristo, o matemático, sábio e filósofo Tales, nascido em Mileto, observa a excitação elétrica do âmbar (resina fóssil).
NOTA: Esse é o mais antigo fenômeno elétrico conhecido: a propriedade que o âmbar amarelo adquire, pelo atrito, de atrair corpos leves. Também os antigos indianos notaram que alguns cristais aquecidos atraem as cinzas quentes. Somente no século XVI essa propriedade do âmbar foi reconhecida e identificada em diversas outras substâncias: o vidro, a resina, o enxofre, etc. Foi aí que os materiais isolantes passaram a ser distinguidos dos materiais condutores.
No século XVII, o filósofo e matemático francês René Descartes (1596-1650) concluiu que na base do átomo deveria existir uma partícula primitiva (desenhou-a como sendo um remoinho).
Isaac Newton, físico, matemático e astrônomo inglês (1642-1727) realiza a decomposição da luz branca nas sete cores do prisma. Cogita a hipótese de que os fenômenos luminosos se expandiam no ar, em ondas vibratórias.
Christiaan Huygens, matemático, físico e astrônomo holandês (1629-1695) adotou, em 1678, uma teoria ondulatória, em óptica, na qual supôs a luz como constituída pelas vibrações de um meio material muito tênue — o éter.
Benjamin Franklin, filósofo e físico norte-americano (1706-1790) propôs a hipótese atômica da eletricidade (ela seria formada de grânulos sutis). Descobriu a natureza elétrica do relâmpago e inventou o pára-raios.

2.2 – Campo eletromagnético
Iniciando o século XIX vários investigadores fizeram deduções importantes sobre fenômenos ligados à luz.
Em 1873, James Clerk Maxwell, físico escocês (1831-1879) publicou seu “Tratado de eletricidade e de magnetismo”, verdadeiro fundamento do eletromagnetismo moderno.
Heinrich Hertz, físico alemão (1857-1894), descobriu as ondas eletromagnéticas, as quais demonstrou possuírem todas as propriedades da luz.
Começado o século XX, a Ciência já sabe que a Natureza terrestre é percorrida por inumeráveis ondas que cruzam todo o planeta. E, mais deslumbrante: sem jamais se misturarem!
Porém, confirmada a Terra como grande ímã, composto de átomos, dos quais provinham as ondas, pairava a indagação: como o calor e a luz eram gerados pelos sistemas atômicos?

2.3 – Estrutura do átomo
Max Karl Ernst Ludwig Planck, físico alemão (1858-1947), prêmio Nobel de Física de 1918, formulou a hipótese das trocas de energias dos átomos por “pacotes” indivisíveis e a se efetuarem de modo descontínuo. Estava fundada a revolucionária Teoria quântica!
NOTA: Quantum = quantidade elementar de energia (“a carga do elétron é um quantum de carga elétrica);
Quanta = plural de quantum.
Niels Bohr, físico dinamarquês (1885-1962), prêmio Nobel de Física de 1922, elaborou uma teoria da estrutura do átomo: utilizando a noção de quantum introduzida por Planck, deduziu que os elétrons gravitavam ao redor do núcleo dos átomos em órbitas definidas, arremessando energia, não em órbitas similares às dos planetas em torno do Sol, mas com saltos inesperados, de uma camada para outra.
NOTA: Essa dedução deslumbra-nos a mente, ao imaginar a vida intensa dentro do átomo, sabendo que o Universo todo é composto deles!
Bohr deduziu ainda pela existência de sete camadas concêntricas no interior de cada átomo, isoladas entre si, nas quais os elétrons “fazem o que querem”, isto é, circulam livremente, em todos os sentidos. Os elétrons das camadas periféricas são responsáveis pela projeção de raios luminosos; já os próximos ao núcleo emitem raios mais curtos: os raios X.

2.4 – Estado radiante e raios X
A Ciência terrena, por longos séculos, acreditou que os átomos (átomo = do Grego: atomos = indivisível) eram corpúsculos eternos e indivisíveis e as menores partículas existentes, “irredutíveis a qualquer divisão”... E mais: que a Natureza — a vida —, nessa quadra científica, disporia eternamente desse capital, sem qualquer desperdício.
Porém, antes do findar do século XIX, a Ciência descobriu, experimentalmente, que sob determinadas condições (ar rarefeito) materiais sob corrente elétrica de alto potencial emitem raios de luminosidade fluorescente, mas também desconhecidos, que foram denominados de “raios X”.
NOTA: Wilhelm Conrad Roentgen (ou Röntgen), físico alemão, prêmio Nobel de Física, em 1901. Em 1895 descobriu os raios X e estudou suas propriedades. O emprego da radiografia deve muito a este brilhante cientista.
Atualmente as técnicas da radiografia evoluíram a ponto de ser possível visualizar não apenas tecidos duros (ossos), mas também tecidos moles (o fígado, os intestinos, o cérebro). Isso foi conseguido graças ao desenvolvimento da tomografia computadorizada (uma expressiva evolução dos Raios X), fruto do trabalho do engenheiro inglês Godfrey Newbold Hounsfield (1919-) e do médico norte-americano Allan MacLeod Corrnack, ganhadores do prêmio Nobel de Medicina, de 1979. Na tomografia computadorizada o paciente é acomodado no interior de um grande anel que gira em torno dele, emitindo e captando a radiação de vários ângulos diferentes. O resultado equivale a cerca de 130.000 (cento e trinta mil) radiografias (!). Os sinais colhidos são enviados a um computador que os transforma em imagens tridimensionais, com detalhes precisos de qualquer parte do organismo.

2.5 – Elétron e radioatividade
Em 1895 o físico francês Jean Perrin (1870-1942), prêmio Nobel de Física de 1926, demonstrou a existência do elétron, viajando no interior do átomo a fantásticas velocidades.
Experimentalmente, em 1897, Joseph John Thomson, físico britânico (1856-1940), prêmio Nobel de Física, de 1906, comprova que o elétron é um constituinte do átomo, desmentindo, de vez, a idéia da indivisibilidade do átomo. Inclusive, determina a massa do elétron (!), que é, aproximadamente, 1.850 vezes menor que a do átomo conhecido por mais leve — o hidrogênio.
Precisamente neste ponto, o Autor espiritual registra que o Plano Maior age diretamente sobre o plano físico e intui o físico francês Henri Becquerel (1852-1908), prêmio Nobel de Física de 1903 (compartilhado com o casal Curie ), a pesquisar o urânio. Becquerel descobre, então, em 1896, o fenômeno da radioatividade nos sais de urânio, mostrando que se trata de uma propriedade do átomo de urânio e que a radiação emitida provoca a ionização dos gases. Descobre essas novas fontes de raio X, cujas radiações encaminharam o casal Curie à descoberta do rádio (metal alcalino-terroso, radioativo).
NOTA: Marie Curie ganhou também o prêmio Nobel de Química de 1911. Pela excessiva exposição à radioatividade, faleceu vitimada pela leucemia.

Neste ponto, após tantas, mas necessárias citações, André Luiz diz-nos:
“(...) A Ciência percebeu, afinal, que a radioatividade era como que a fala dos átomos, asseverando que eles nasciam e morriam ou apareciam e desapareciam no reservatório da Natureza”.

2.6 – Química nuclear
Em um grama de rádio “há tão grande quantidade de átomos que somente no espaço de 16 séculos é que seu peso fica reduzido à metade”. Aliás, está demonstrado que “em cada segundo, de um grama de rádio se desprendem 36 bilhões de fragmentos radioativos da corrente mais fraca de raios emanentes desse elemento, perfazendo um total de 20.000 quilômetros de irradiação por segundo”.
NOTA: Essas ocorrências e suas quantidades são espantosas, “quase incríveis”, mas é isso mesmo: quanto mais o homem adentra nos prodígios da Natureza, mais deve se convencer da inalcançável Sabedoria de Deus, o Criador. Não há escape para isso.
A Ciência pensou em controlar esse abundante fluxo radioativo e conseguiu fazer com que os projéteis vigorosos do rádio eletrizassem o azoto,(elemento químico, metalóide gasoso, também denominado nitrogênio) num tubo. Desse bombardeio, núcleos do azoto explodiam, convertendo-se em hidrogênio e num isótopo do oxigênio.
Estava criada na humanidade a “química nuclear”, fazendo surgir a radioatividade artificial, pelo processo do bombardeamento elétrico de elementos, em alta voltagem, em tensão alternada altíssima.
NOTA: Ao encerrar este capítulo André Luiz comenta, à guisa de esclarecimento:
“(...) Nossos apontamentos sintéticos objetivam apenas destacar a analogia do que se passa no mundo íntimo das forças corpusculares que entretecem a matéria física e daquelas que estruturam a matéria mental”.

3 – FÓTONS E FLUIDO CÓSMICO

3.1 – Estrutura da luz
Impressionante, mas é isso mesmo: a irradiação da luz visível pressiona os demais corpos! Exemplo: o jato de uma lâmpada sobre um feixe de poeira faz esse feixe se curvar (!).
Em 1905, o notável físico alemão naturalizado norte-americano Albert Einstein (1879-1955), prêmio Nobel de Física de 1921, expôs uma das mais importantes descobertas da Física do início do século: a teoria especial da relatividade e admitiu que a luz tem propriedades corpusculares (massa e peso específico), além das propriedades ondulatórias. Einstein “deduziu que a luz de uma lâmpada resulta de sucessivos arremessos de grânulos luminosos, em relâmpagos sucessivos, a se desprenderem dela por todos os lados”.
Contestado por colegas, lembrou o efeito fotoelétrico, pelo qual um raio luminoso sobre película de sódio ou potássio expulsa elétrons dessas películas (seriam os grânulos luminosos, ou fótons que provocam essa expulsão.

3.2 – Saltos quânticos
Como os leitores percebem, os últimos itens trataram da luz, com especificidade.
O presente item e outros mais ainda continuarão a tratar da luz.
Para que seja mais fácil o entendimento desses assuntos, sugerimos ao leitor imaginar-se dentro de um laboratório experimental de Física, há uns 100 anos atrás, ao lado de um dos pesquisadores citados (Einstein, por exemplo, por que não?) e prestar atenção no que ele está fazendo e pedir-lhe explicações.
A teoria dos saltos quânticos explicou a produção de raios luminosos como sendo resultado de oscilações eletromagnéticas.
Vamos testemunhar uma experiência: excitar o átomo, com calor, por exemplo. O que irá acontecer?
- os movimentos aceleram-se
- os elétrons de cada átomo se distanciam do núcleo e passam para degrau mais alto de energia
- esse afastamento se dá aos saltos, no quadrado dos números cardinais, a saber: 1º salto: de 1 para 2; 2º salto: de 2 para 4; 3º salto: de 4 para 16; e assim sucessivamente
- à temperatura de 1.000ºC mais ou menos os elétrons abandonam as órbitas
- à temperatura de 100.000ºC os átomos ficam sem elétrons e explodem, por entrechoque.
Na escala da excitação dos sistemas atômicos impera a luz que conhecemos, expandindo-se por eletromagnetismo:
a. em ondas médias; à baixa energia poucos elétrons periféricos se desprenderão, superando facilmente a atração do núcleo;
b. ondas mais longas — saltos mais compridos, sob menor energia;
c. ondas mais curtas, quanto mais para dentro do sistema atômico (essas ondas, a se exteriorizarem, têm maior poder penetrante).

3.3 – Efeito Compton
Arthur Holly Compton, físico norte-americano (1892-1962), prêmio Nobel de Física, de 1927, ao estudar a difusão dos raios X pela grafite, mostrou, em 1923, o efeito que leva seu nome. Vejamos exemplos:
- ao ser realizada a estimulação das órbitas eletrônicas externas, disso resultará luz vermelha, formada de ondas longas;
- prosseguindo essa estimulação, nas órbitas seguintes, em direção ao núcleo, teremos irradiação azul, formando ondas mais curtas;
- excitando as órbitas ainda mais íntimas, provocaremos luz violeta, de ondas ainda mais curtas;
- se continuarmos, sempre indo mais para o interior, chegaremos aos raios gama, com oscilações do núcleo atômico.
O “Efeito Compton” mostra que a colisão provocada de fótons com elétrons faz com que aqueles descarreguem energia, baixam a freqüência da onda e daí surge luz mais avermelhada.

3.4 – Fórmula de De Broglie
Louis De Broglie, físico francês (1892-1987), prêmio Nobel de Física, de 1929, enunciou o princípio (indagando): “Se as ondas de luz, em determinadas circunstâncias procedem como corpúsculos (fórmula de Einstein), por que motivo os corpúsculos da matéria, também em determinadas condições não se comportarão à maneira de ondas?”
Acrescentava De Broglie “que cada partícula de matéria está acompanhada pela onda que a conduz”. Isso carreou para ele dificuldades profissionais, pois passou a ser hostilizado e desafiado por colegas, dedicou-se a estudar mais, criando a fórmula para definir o comprimento da onda conjugada ao corpúsculo: elétrons oriundos das experiências de Roentgen, quando originam oscilações curtas (10.000 vezes mais reduzidas que as da luz) arremessam-se por ondas tão curtas como os raios X.

3.5 – Mecânica ondulatória
A fórmula de De Broglie foi contestada por físicos eminentes, que a consideravam incompatível com a difração (quebra; ficar em pedaços) dos elétrons. Não tardou e dois cientistas americanos comprovaram a difração, quando projetaram um jato de elétrons sobre um cristal de níquel. A partir daí a “mecânica ondulatória” tornou-se cientificamente reconhecida.
Primeira e transcendental conseqüência dessa realidade: mais da metade do Universo foi reconhecida como um reino de oscilações e a matéria (o restante), passível de igualmente ser convertida em ondas de energia.
Segunda conseqüência: a concepção do mundo material desapareceu e em seu lugar ficou provado que a matéria, na verdade, não passa de um vasto aglomerado de corpúsculos dinâmicos, produtores eternos de turbilhões de ondas de todas as freqüências, entrecruzando o cosmos, em todas as direções. E mais impressionante: ondas de freqüências diferentes jamais se misturam!
Terceira conseqüência: o homem compreendeu, finalmente, que a matéria é vestimenta das forças (energias) com as quais a mãe-Natureza, sempre dadivosa, o contempla.
Quarta conseqüência: tudo o que é palpável pode ser analisado em linguagem matemática, porém, a origem, formulação e natureza desses processos são indevassáveis à mente humana. E isso é válido para o homem com ou sem o equipamento físico (encarnado ou desencarnado). Ele, homem, traz em si mesmo as duas vertentes divinas: a espiritual, representada pelo Espírito imortal; e a material (o perispírito, sempre, mais o organismo terreno, quando encarnado).

3.6 – “Campo” de Einstein
Sabe o homem:
- que existem várias ondas;
- que a luz se desloca em feixes corpusculares (fótons);
- que o átomo é pulsante e que suas forças, negativas ou positivas, variam em razão do número de elétrons ou partículas de força em torno do núcleo;
- que a energia, quando se condensa, surge como massa, voltando a energia, após.
Até agora, contudo, o homem não sabe como é o meio e o que se passa no trajeto dos bilhões das oscilações atômicas a transitarem na vastidão do cosmos, à fantástica velocidade de 300.000 quilômetros/segundo. Esse grande espaço (o meio no qual transitam as citadas) oscilações, até Einstein, era chamado de “éter”, válida tal denominação também para o minúsculo espaço entre partículas atômicas.
Einstein, não conseguindo agasalhar tais ocorrências numa fórmula matemática, por ser inacessível à compreensão das propriedades e da qualidade desse “éter”, opinou pela eliminação do conceito de “éter”, considerando-o inexistente. Preenchendo esse vácuo científico (inexistência de meio no qual as partículas de massa se deslocam) propôs que tal espaço (meio) seja denominado de “campo”, válida tal denominação para o macro e para o micro, isto é, o espaço das partículas atômicas de todo o Universo.
Para exemplificar, pensemos numa chama acesa:
- a zona iluminada por ela é o seu “campo” peculiar, isto é, as partículas atômicas arremessadas vão em todas as direções, e a 300.000 km/segundo;
- a influência da iluminação decresce à medida que essas partículas se afastam do fogo, passando a “iluminar” ½, ¼, 1/8, 1/16, etc.
- nunca se atingirá o zero (!) porque, teoricamente, o “campo” ou zona de influência alcança o infinito...
NOTA: Lembram-se da “teoria do caos”?
Se Einstein acomodou o entendimento, não respondeu à pergunta qual a matéria de base para o campo? E a resposta permanece desafiando o raciocínio.

Do Plano Espiritual, André Luiz registra:
“(...) escrevendo da esfera extrafísica, na tentativa de analisar, mais acuradamente, o fenômeno da transmissão mediúnica, definiremos o meio sutil em que o Universo se equilibra como sendo o Fluido Cósmico ou Hálito Divino, a força para nós inabordável que sustenta a Criação”.
* * *
Antes de prosseguirmos, permitam-nos os leitores algumas reflexões sobre o que já vimos:
- como o leitor poderá observar, esses três primeiros capítulos foram dedicados a registrar enfoques científicos, principalmente dos avanços da Física, desde os tempos antigos;
- nesses três primeiros capítulos André Luiz (certamente com assessoria de Espíritos bondosos, quanto especializados) trouxe-nos um alicerce seguro para que, a partir deles, pudéssemos melhor assimilar como ocorrem os mecanismos da mediunidade;
- iniciando por conceituar e explicar o que são ondas, acoplou-as ao magnetismo, porém o foco maior das lucubrações centrou-se na luz, a seguir no átomo, depois no elétron, prosseguiu no eletromagnetismo e por fim, na radioatividade;
- estivemos brevemente na companhia de expoentes da humanidade, homens ilustres e altamente sábios, na maioria ligados à Física, quase todos laureados com o Prêmio Nobel ;
- certamente não foram aqui citados todos os pesquisadores envolvidos em tão fascinantes temas, nem o espaço da obra o comportaria; não obstante, não nos escapa que a Espiritualidade agiu com a bondade e sabedoria de sempre, fazendo aportar na Terra Espíritos de escol, o fantástico patamar atual de conhecimentos científicos, que em cascata de descobertas foram chegando e paulatinamente se completando e evoluindo;
- novas descobertas certamente surgirão, eis que o progresso, por decisão de Deus, é uma constante universal, mas o homem, na atual quadra, não pode e não deve permanecer distante das “descobertas” do Espírito: criação e evolução, rumo à felicidade, só alcançável pelo amor a Deus e ao próximo.
- finalmente: o assunto poderá soar algo árido, mas o aprendizado decorrente compensa.
* * *
4 – MATÉRIA MENTAL

4.1 – Pensamento do Criador
As formas se associam no Cosmos todo tendo por base mantenedora o Fluido Elementar (Hálito Divino). O elétron responde como corpúsculo-base formador da matéria, organizando-a e proporcionando oscilações eletromagnéticas.
Dessa forma, o Universo é um todo de forças dinâmicas que expressam o Pensamento do Criador, de grandeza indevassável.
O homem, dotado pelo Criador de inteligência, que mobiliza matéria mental adequada à sua evolução, é também um criador, só que de formações que duram o necessário à sua necessidade de progresso.
O pensamento de Deus é imensurável e o do homem vibra limitado no ambiente em que se encontra, possibilitando ao Espírito despertar os poderes possíveis, no vasto oceano de força mental em que está mergulhado.

4.2 – Pensamento das criaturas
O homem, palidamente, ausculta algumas das propriedades que fluem das energias profundas do Princípio Elementar. Manipulando algo da eletricidade e do magnetismo, dentro das limitações humanas, busca entender como é que o pensamento é produzido a partir da matéria mental, expressando-se em vários tipos de ondas:
- os raios super-ultra-curtos (linguagem dos Espíritos angelicais);
- em desconhecidos e indevassáveis processos de raios...
- trânsito das oscilações médias e longas, pelas quais a mente humana se expressa;
- ondulações fragmentárias dos animais, em raios de pensamentos descontínuos.
Espíritos puros operam no micro e no macro, por delegação do Amor Divino: em síntese, adequam ambientes, no Universo todo, para expansão da Vida.
O homem, meritoriamente, conquanto em grau modesto, e sempre sob supervisão do Mais Alto, também pode interferir na vida planetária.
E os animais, que aqui vivem, encontram-se também transitando na mesma estrada da Vida, chamada Evolução, para o que contam (ou deveriam contar...) com o apoio humano.

4.3 – Corpúsculos mentais
O pensamento responde por todas as realizações, físicas ou extrafísicas. O mais fantástico é que ele ainda é matéria (matéria mental). E essa matéria utiliza leis que se regem sob novo sentido na formação de cargas magnéticas e sistemas atômicos.
A humanidade inteira está envolvida por essa maravilhosa energia, que se apresenta sutil, transcendendo todos os elementos conhecidos pela Química.
Para efeito de entendimento nosso, já que não há terminologia sobre as forças existentes no plano mental, encontraremos átomos mentais, tanto quanto no plano material temos átomos materiais. Os átomos mentais, com seus núcleos, prótons, nêutrons, posítrons, elétrons ou fótons mentais, agregam formações corpusculares de diferentes vibrações.
Tais vibrações trazem em si mesmas o teor da energia correspondente ao que pensa cada indivíduo, e em conseqüência, formam o halo vital ou aura, de freqüência e cor peculiares a cada um deles.
A vontade do homem movimenta forças com sincronia ou agitação. Em virtude disso, cada pessoa estabelece sua própria onda mental.

4.4 – Matéria mental e matéria física
Pensamentos de indivíduos normais movimentam átomos inteiros que formam ondas muito longas.
Pessoas atentas, em oração ou em estado pacífico, emitem ondas de comprimento médio, com aquisição de aprendizado e produção de luz interior.
Já emoções profundas, dores acerbas, súplicas aflitivas ou dilatada concentração mental estabelecerão raios muito curtos, poderosos, transformando o campo mental.
As Leis de Deus são perfeitas e válidas para todo o Universo.
Assim, as mesmas injunções e propriedades regem a matéria, mental ou física, embora a primeira seja fundamentalmente diferente da segunda.

4.5 – Indução mental
Da mesma forma como a luminosidade decresce à medida que o observador se afasta (por exemplo, de uma chama acesa), sem jamais chegar ao zero, igualmente a corrente mental se espraia em todas as direções. Tanto maior seja o poder de concentração e persistência do agente emissor do pensamento, essa corrente mental terá poder de induzir outras mentes, principalmente se com ele mantiverem afinidade.
Todos nós atraímos para nós próprios o efeito da matéria mental com a qual sintonizamos, do que resultará em nossas vidas prazer ou desgosto, alegria ou dor, otimismo ou desespero.
Tais efeitos se traduzem por luz ou sombra, vitória ou fracasso, infortúnio ou felicidade.

4.6 - Formas-pensamentos
Todas as associações que acontecem no Universo obedecem a princípios mentais exteriorizados em todas as direções, por telementação ou simples reflexão, seja o acasalamento de insetos ou a comunhão de Espíritos.
Quando alguém emite uma idéia, essa idéia, de imediato reflete as congêneres e a elas se associa, formando feixe que se engrossa ou se dissolve, segundo esse alguém e seus pares sustentem e permaneçam aumentando o fluxo mental, ou o desliguem do seu campo mental.
Desse intercâmbio de projeção de forças mentais iremos encontrar as formas-pensamentos, caracterizadas por construções da(s) alma(s), que traz(em) compulsoriamente liberdade ao nosso passo, ou escravidão, segundo tenhamos optado pelo bem ou pelo mal.
O bem é construtor de estradas para o progresso espiritual.
Já o mal é como um labirinto ao qual adentramos e cuja saída ou atalhos desembocarão sempre em planos inferiores.

5. CORRENTE ELÉTRICA E CORRENTE MENTAL

5.1 – Dínamo espiritual
Associações inteligentes de matéria mental se superpõem às associações atômicas.
Essa é uma realidade do Espírito que a Ciência não aceita, pois não há como comprová-la, experimental ou laboratorialmente.
Com efeito, o Espírito (encarnado ou desencarnado) é qual um dínamo a gerar energias que se expressam pelo psiquismo e pelo físico, sob ação da mente e pelo eletromagnetismo com que impregna as células nas quais age.
O espírito capta e emite correntes de força.
Dínamo é um aparelho que converte energia mecânica em elétrica, através de indução eletromagnética. É constituído por um ímã e uma bobina. A energia mecânica (de um rio, por exemplo) faz girar um eixo ao qual se encontra o ímã, fazendo alternar os pólos norte e sul na bobina e por indução geram a energia elétrica. O contrário, ou seja, a bobina no eixo, também é possível. As polaridades são invertidas a cada 180 graus de rotação para que o dínamo gere uma corrente contínua, e não alternada, como nos alternadores.
Os geradores podem ser divididos numa enorme quantidade de tipos, de acordo com o aspecto que se leve em conta. Além dos dois grupos mais gerais -- geradores de corrente contínua e de corrente alternada --, os dínamos podem ser, quanto ao número de pólos, dipolares e multipolares; quanto ao tipo de enrolamento do induzido, podem ser em anel e em tambor; quanto ao tipo de excitação, auto-excitados e de excitação independente.

Dínamo-Gerador
5.2 – Gerador elétrico
Motores se alimentam da corrente elétrica decorrente de recursos atômicos.
A matéria mental é a substância básica com a qual um Espírito produz força mediúnica (força eletromotriz), e que em circuito fechado irá acionar um médium – em circuito fechado: emissor-receptor.
A energia que vai da hidrelétrica à lâmpada, se acionada, acende-a.
Para que isso aconteça necessário se faz que um transformador adeqüe a voltagem que sai da hidrelétrica com a da voltagem da lâmpada.
Assim agem os transformadores das ruas (fixados a postes) e numa infinidade de aparelhos elétricos.

Transformador

5.3 – Gerador mediúnico
Um Espírito, elevado ou sofredor, emite fluxo de energias mento-eletromagnéticas que um médium poderá captar, se em clima de aceitação e afinidade.
Essa aceitação responderá pela continuidade da circulação dessas energias que aí encontram ponto de equilíbrio, disso resultando esse ou aquele fenômeno ou serviço mediúnico.
Depreendemos que quando o Espírito comunicante é elevado ele próprio “baixa sua voltagem”; quando sofredor, quem o faz é o médium.
É simples assim: sintonia, afinidade, aceitação, continuidade!

5.4 – Átomos e Espíritos
Tratando-se da produção da corrente elétrica e de certa forma da corrente mental as cargas de sinal contrário ou de força centrípeta (aceleração orientada para o centro) atraem-se, equilibrando a atração com a repulsão ante as cargas de sinal igual ou força centrífuga (que tende a afastar-se do centro).
Lembra ainda a “Lei de Coulomb” (Charles, de – físico francês, 1736-1806), segundo a qual forças exercidas, uma sobre a outra, tendem a serem iguais ou opostas, tanto quanto a atração entre duas massas magnéticas iguais e de sinais contrários.
Tratando-se da “compensação vibratória”, em termos de mediunidade, onde há a ação mental de um Espírito e a recepção por parte de um médium, o Autor lembra que os mesmos princípios predominam para as correntes de matéria mental.
Analogamente, afinizando-se reciprocamente, um Espírito comunicante e um médium, a matéria mental que o primeiro plasma e projeta, o segundo conseguirá captar e expressar, de acordo com seu potencial mediúnico.

Representação de um átomo de lítio
Partículas escuras: elétrons em órbita; azuis e vermelhas: prótons e nêutrons (núcleo).

5.5 – Força eletromotriz e força mediúnica
Ambas as forças podem resultar de benefícios para a humanidade.
A força eletromotriz, empregada na indústria e no progresso em geral.
A força mediúnica, pela troca (consciente ou inconsciente) dos princípios ou correntes mentais, seja gerando grandes bênçãos, de socorro às necessidades humanas, seja ofertando expansão cultural.
Usinas diversas fornecem sistemas de luz e força para a população.
Grupos mediúnicos, de várias categorias que palmilham e influenciam os quadros morais do mundo, sustentam e fazem progredir a Religião, a Ciência, a Filosofia, a Educação, a Arte, o Trabalho. Sobressai o Consolo e a Caridade, alavancando a evolução espiritual planetária.

5.6 – Fontes de fraco teor
Além da energia elétrica emanada das usinas, fontes menores dessa energia existem (eletrização por atrito ou por contato e ainda por indução eletrostática), utilizadas em microfones, alto-falantes, radiotecnia, termômetros para medição de altas temperaturas e em outras várias espécies de medidores.
Da mesma forma, no mundo todo, existem mananciais de força mediúnica não necessariamente expressos em fenômenos ostensivos. Pessoas há que, por fraternidade, reerguem alguém caído, curam almas enfermas, dão avisos e alertas de prudência, engajam-se em minorar a dor onde ela se apresente, cumprem santamente suas responsabilidades familiares.
Nessas abençoadas atividades, muitos dos que assim procedem têm a mediunidade oculta (por vezes, até para si mesmos).
A Vida Superior e essas pequenas ações expressam-se por igual teor: a construção do bem. É aí que encontraremos o Espírito falando com o Espírito, no fluxo incessante da evolução moral.

6. CIRCUITO ELÉTRICO E CIRCUITO MEDIÚNICO

6.1 – Conceito de circuito elétrico
Circuito elétrico é a distância percorrida, num condutor, pela corrente elétrica e em cujos extremos sustenta diferença de potencial. Para tanto, a corrente vai e volta, realizando vários serviços nos aparelhos empregados: geração, transmissão, transformação e distribuição de energia.
Naturalmente, as máquinas utilizadas nesses trabalhos são dotadas de recursos especiais, que permitem geração, manobra, proteção e medida.

6.2 – Conceito de circuito mediúnico
A corrente mental, que vai do emissor ao receptor, congrega em si o conceito de circuito mediúnico, desde que ocorra sintonia psíquica, emergindo uma “vontade-apelo” e a respectiva “vontade-resposta”, isto é, o comunicante se expressa e o médium concorda.
Essa conjugação inteligente acontece entre desencarnados e encarnados, pois ambos, nessas atividades, têm recursos cerebrais que administram as idéias e sua seleção, seguida de auto-crítica e expressão.

6.3 – Circuito aberto e circuito fechado
Num circuito elétrico iremos encontrar a corrente saindo do pólo positivo do gerador, circulando nos aparelhos e voltando ao gerador, indo para o pólo negativo, de onde retorna ao pólo positivo, prosseguindo seu curso.
A corrente só se manterá se o interruptor estiver e permanecer ligado e o circuito elétrico fechado (em circuito aberto a corrente não circula).
Da mesma forma, no circuito mediúnico — emissor-receptor —, o médium tem que estar em equilíbrio e receptivo (“ligado”) para que a corrente mental transite em regime fechado, pois se estiver aberto, isso caracterizará desatenção.

6.4 – Resistência
Um circuito elétrico (ou rede elétrica) comporta elementos ativos ou fontes de energia (geradores) e elementos passivos, representados por números finitos (parâmetros localizados) ou infinitos (parâmetros distribuídos). Esses parâmetros são: resistência, indutância e capacitância.
Resistência: gasto de energia no circuito.
No circuito mediúnico, resistência é dispersão da corrente mental.

6.5 – Indutância
A acumulação da energia num campo magnético, por ação da corrente, não se altera no circuito elétrico, para mais ou para menos, devido à indutância.
Quando há variação da corrente, no circuito elétrico, é por indutância que ocorre aumento de força, impedindo mudança.
Alteração continuada resulta em descarga elétrica, que pode vir a ocasionar desastrosa perda dos aparelhos (bobinas e motores).
Assim também, no circuito mediúnico, do equilíbrio de forças mentais entre o comunicante e o médium resultará impedimento de interrupção ou alterações.
Surgindo alteração na corrente mental há aumento de força. Isso provocará interrupção intempestiva no circuito mediúnico e essa mudança brusca do equilíbrio (sintonia) caracteriza violência. As conseqüências serão danosas, tanto para a entidade comunicante quanto para o médium.

6.6 - Capacitância
A capacitância permite que a energia se acumule num campo elétrico, por ação de capacitores ou condensadores.
O capacitor acumula energia elétrica na carga e a restitui ao circuito, na descarga.
No circuito mediúnico iremos encontrar a entidade comunicante se aproximando do médium, antes mesmo da reunião mediúnica, visando adequar a sintonia entre ambos.
Esse médium, então e assim, “acumulará” a expressão e os valores da energia mental que procedem daquele Espírito e a devolverá no evento mediúnico, com maior ou menor fidelidade.
Os apontamentos deste capítulo evidenciam que o exercício mediúnico com fins nobres apóia-se sempre na sintonia que cada médium estabelece com um bondoso Espírito, que o orienta, podendo pois ser chamado de “Espírito-guia”.

7. ANALOGIAS DE CIRCUITOS

7.1 – Velocidade elétrica
Algumas propriedades físicas nos ajudarão a entender o processamento do intercâmbio mediúnico:
a. Impulsos elétricos e a luz expandem-se à velocidade de 300.000 km/s;
b. Uma quantidade de elétrons injetada na ponta de um condutor de 300.000 km poderá chegar em um segundo à outra extremidade desse condutor, dependendo da pressão elétrica aplicada e da resistência elétrica encontrada no percurso;
c. A velocidade da água colocada na ponta de um cano, para chegar à outra ponta terá velocidade correspondente à pressão dessa corrente líquida.

7.2 – Continuidade de correntes
Repetindo, temos que a circulação da corrente elétrica num circuito fechado (do gerador ao aparelho utilizado) pode ser comparada ao trânsito da água numa tubulação. No caso da água, uma bomba com ação contínua e uniforme fará passar sempre a mesma quantidade num ponto e no mesmo período de tempo.
Assim também, um gerador em atividade permanente e sem variação fará passar a corrente elétrica na mesma intensidade em cada setor do circuito.
A água, para transitar na canalização, exige corrente líquida incessante.
A corrente elétrica, por sua vez, para produzir e agir em valores contínuos de energia, pede que seja feita carga de bilhões de elétrons.
NOTA: A enumeração “bilhões” dá uma sensação de dificuldade... Mas, permitam-nos os leitores repetirmos as considerações do item 2.6 (Química nuclear) deste trabalho, sobre as propriedades de um grama de rádio:
Em um grama de rádio “há tão grande quantidade de átomos que somente no espaço de 16 séculos é que seu peso fica reduzido à metade”. Aliás, está demonstrado que “em cada segundo, de um grama de rádio se desprendem 36 bilhões de fragmentos radioativos da corrente mais fraca de raios emanentes desse elemento, perfazendo um total de 20.000 quilômetros de irradiação por segundo”.
A Natureza é pródiga, pois assim Deus a fez e nos autorizou utilizá-la. Se fizermos isso com bom senso e respeito, só benefícios visitarão nossos dias terrenos.

7.3 – Expressões de analogia
Resumindo os dois últimos itens:
a. Curso dágua — fluxo elétrico — corrente mediúnica;
b. Pressão hidráulica — diferença de potencial elétrico resultando harmonia — sintonia psíquica;
c. Obstáculos nos condutores, à corrente elétrica ou na corrente líquida, assemelham-se a inibição ou desatenção do médium, prejudicando o circuito mediúnico;
d. Para a água transitar normalmente depende de bomba ou aproveitamento de desnível. A corrente elétrica para se manter em intensidade invariável, respeitando a natural resistência elétrica, necessitará que o gerador mantenha a diferença de potencial, utilizando nessa função grande quantidade de elétrons, segundo a tarefa a ser cumprida.
Circuito mediúnico equilibrado exige médium ou grupo de médiuns conectados aos Espíritos do Plano Maior e essa conexão será obtida quando houver aceitação expressa, caracterizada por pensamentos constantes e finalidades nobres.

7.4 – Necessidades da sintonia
Adverte-nos o Autor espiritual: o livre-arbítrio do médium é sagrado, inviolável.
Suas anotações registram tão-somente a necessidade do médium apresentar-se aos Benfeitores espirituais isento de quaisquer preocupações, não trazendo nenhum resquício de vulgaridades e disposto ao sacrifício de si mesmo. Esse estado mental não é exigência daqueles Espíritos amigos, mas sim, responsabilidade individual do médium engajado em ações a benefício do próximo, não necessariamente através de manifestações mediúnicas ostensivas, algumas delas, em outras circunstâncias, passíveis até de obsessão.

7.5 – Detenção de circuitos
Os exemplos e a analogia entre os circuitos da água e o efeito magnético da corrente elétrica, e, dessa com o efeito espiritual do circuito mediúnico, não guardam expressão científica, mas foram citados em caráter de modestas comparações entre “correntes circulantes”: o circuito da água é vagaroso; o da corrente elétrica, muito rápido; o da corrente mental, ultra-rápido.
Os três circuitos podem ser adaptados, controlados, aproveitados ou conduzidos. Só não podem estagnar ou acumular, pois resultaria respectivamente em pântano, em curto-circuito e em destruição.

7.6 – Condução das correntes
A água, para beneficiar a coletividade, é mantida em reservatórios e canais, represas e comportas, graças a obras específicas.
A utilização da corrente elétrica demanda emprego de alternadores que respondam pela adequação da força eletromotriz ajustada à voltagem dos aparelhos em ação.
Na corrente mental, em se tratando do circuito mediúnico com finalidades abençoadas, os médiuns, quais aparelhos diversos, hão de se apresentarem capazes de atender a qualquer serviço no bem.
As três correntes — a líquida, a elétrica e a mental — terão sempre o efeito consentâneo com a destinação optada pelo homem.